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Estenose carotídea: o papel do Neurocirurgião no AVC

Estenose carotídea: o papel do Neurocirurgião no AVC

O papel do Neurocirurgião na estenose de carótida e AVC

Por Antônio Prates Jr, Neurocirurgião em Belo Horizonte e região metropolitana de BH

As artérias carótidas internas são as responsáveis pela irrigação arterial da maior parte do cérebro. As alterações ateroscleróticas que ocorrem em vasos de todo o corpo (decorrentes do excesso de colesterol, hipertensão arterial, tabagismo, diabetes mellitus, etc) também ocorrem na carótida e podem causar a estenose (estreitamento da luz) desse importante vaso. A estenose de carótida geralmente é uma doença progressiva e, quando grave, pode desencadear manifestações isquêmicas como acidente vascular encefálico (AVE ou AVC) e ataque isquêmico transitório (AIT).

Mas, quando é necessário tratar cirurgicamente a estenose de carótida? O tratamento cirúrgico de pacientes assintomáticos (que nunca tiveram manifestação isquêmica) é controverso e, de forma geral, não recomendado, pois os riscos se equiparam ou superam os benefícios na maioria dos centros de referência neurocirurgia vascular.

Entre os pacientes sintomáticos, ou seja aqueles que tiveram AVC ou AIT, existem alguns pacientes que podem se beneficiar do tratamento cirúrgico, chamado de endarterectomia carotídea. Tal procedimento é realizado geralmente pelo Neurocirurgião, já que o cuidado do paciente com AVC e o tratamento das complicações relacionadas ao procedimento são de responsabilidade da equipe Neurologista / Neurocirurgião.

De forma geral, pacientes sintomáticos, sem sequelas significativas do AVC (independentes para cuidados pessoais básicos), com uma estenose maior que 70% do mesmo, que tenham condição clínica para cirurgia e que possam realizar o procedimento nos primeiros 6 meses podem se beneficiar do procedimento. O maior benefício é obtido com a cirurgia precoce, nos primeiros 14 dias. É necessário a realização de um teste de oclusão pré ou intra-operatório para se assegurar que o paciente irá tolerar o fechamento da artéria durante o procedimento.

Outra possibilidade de tratamento é angioplastia de carótida, procedimento realizado por via endovascular. Tal procedimento é uma melhor opção para o paciente com alto risco cirúrgico, aqueles que não toleram a oclusão e aqueles com anatomia não favorável à abordagem cirúrgica. Além disso, todos os pacientes com estenose carotídea significativa, independente se candidatos à cirurgia ou não, devem fazer o tratamento clinico com antiagregante plaquetário e estatina.

Em caso de dúvidas sobre a estenose carotídea, procure um Neurocirurgião. Veja mais informações sobre a atuação do Neurocirurgião.

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Dr Antônio Prates Jr, Neurocirurgião em Belo Horizonte e região metropolitana de BH.