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Espondilose cervical (desgaste no pescoço): caso clínico

Espondilose cervical (desgaste no pescoço): caso clínico

Veja os sintomas e tratamento da espondilose cervical (desgaste no pescoço)

Por Dr Antônio Prates, Neurocirurgião em Belo Horizonte

Essa paciente da imagem tem 50 e poucos anos. Tinha um quadro de dor no pescoço há muito tempo com piora progressiva há cerca de 3 anos. A dor irradiava para os braços e também sentia formigamentos e choques nos braços. Os sintomas atrapalhavam as atividades do dia a dia e diminuíam a qualidade de vida. Ao longo desses anos já tinha feito inúmeras sessões de fisioterapia e utilizado vários medicamentos. Apresentava uma melhora parcial e sempre piorava novamente após alguns dias.

No exame de ressonância (foto 2), apresentava várias alterações de desgaste na coluna cervical: degeneração dos discos, osteófitos (bicos de papagaio), hipertrofia dos ligamentos, tudo isso causando compressão sobre as raízes dos nervos que saem do pescoço. Chamamos isso de espondilose cervical, popularmente chamado de desgaste no pescoço. Devido à ausência de resposta ao tratamento conservador (não-cirúrgico) e pioria dos sintomas com impacto na qualidade de vida, foi indicada a cirurgia.

Nesse caso foi utilizada a técnica discectomia anterior e artrodese com espaçador autobloqueado (marcado em azul na foto 3). Retiramos todo o disco intervertebral doente juntamente com os osteófitos e implantamos um espaçador que é fixado com parafusos nos 3 níveis doentes. Através disso, conseguimos restabelecer a altura do espaço discal, descomprimir as raízes dos nervos, restabelecer a curvatura normal e promover a fusão óssea (veja a foto 4). desgaste no pescoço espondilose cervical

Essa cirurgia é realizada de forma minimamente invasiva, através de um corte de cerca de 2 cm e com auxílio de um microscópio (foto 5). A utilização de monitorização neurofisiológica intraoperatória traz mais segurança ao procedimento. Nessa técnica, um neurologista acompanha o funcionamento do sistema nervoso em tempo real durante a cirurgia, detectando precocemente possíveis alterações e prevenindo lesões. Habitualmente o paciente recebe alta em 1 ou 2 dias, andando pra casa. 

Apresenta dor persistente no pescoço? Procure um especialista em coluna para mais informaçõesdesgaste no pescoço espondilose cervical